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Ponte da Bioceânica está sendo construída entre Porto Murtinho, no Brasil, e Carmelo Peralta, no Paraguai — Foto: MOPC/Divulgação
Paraguai aponta conclusão de 18,5% das obras da ponte da Bioceânica que vai viabilizar ‘megaestrada’ que ligará o Brasil ao Chile
Obras da ponte já estão sendo executadas tanto no lado paraguaio quando no brasileiro, as margens do rio Paraguai.
Por Anderson Viegas, g1 MS
Obras da ponte da Bioceãnica seguem em rimo acelerado — Foto: MOPC/Divulgaç
O Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC) aponta que 18,5% das obras da ponte da Rota Bioceânica já foram concluídas. A estrutura ligará a cidade paraguaia de Carmelo Peralta ao município brasileiro de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, viabilizando o chamado “corredor bioceânico”, a “megaestrada” que vai conectar os portos de Santos (SP) aos do Chile
Segundo o MOPC, cerca de 450 pessoas trabalham no canteiro de obras da ponte. O ministério aponta que todas as estacas do lado paraguaio estão totalmente concluídas e do lado brasileiro 67% já foram finalizadas.
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O órgão paraguaio diz que as estacas são cilindros de concreto armado que servem de fundação à ponte a uma profundidade variável entre os 33 e os 43 metros e que se inserem no maciço rochoso. No total, devem ser construídas 300 estacas com medidas entre 1 e 1,5 metro de diâmetro.
A ponte está sendo construída em uma área que fica a cerca de 14 quilômetros da BR-267, em Porto Murtinho. Um consórcio binacional é responsável pelo empreendimento. O investimento é de R$ 575,5 milhões e está sendo feito pela administração paraguaia da usina de Itaipu.
A estrutura, de 1.310 metros de comprimento e 20,10 metros de largura, é fundamental para viabilizar a Rota Bioceânica. Atualmente, a ligação entre os dois países nessa região é feita somente por balsas.
A rota bioceânica, segundo estudos do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS), deve encurtar em mais de 8 mil quilômetros de rota marítima a distância nas exportações brasileiras para a Ásia, possibilitando o incremento das negociações entre os quatro países por onde passa: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, além de promover a integração cultural e o turismo.
A ordem de serviço da ponte foi dada no dia 13 de dezembro de 2021 pelo presidente paraguaio Mario Abdo Benitez. Em sua página na internet, o consórcio Pybra, formado pelas empresas Tecnoedil Construtora, do Paraguai, e Cidade Ltda e Paulitec Construções, do Brasil, aponta a conclusão das obras no primeiro semestre de 2025.
o DNIT aponta que deve lançar ainda este ano a licitação das obras do acesso ao lado brasileiro à ponte internacional sobre o rio Paraguai, que vai ligar a cidade de Porto Murtinho, no Brasil, a Carmelo Peralta, no Paraguai
O DNIT informou ao g1 que o acesso à ponte faz parte da mesma obra do Contorno Rodoviário Norte de Porto Murtinho.
A obra, conforme o departamento, está orçada em R$ 190 milhões e o prazo de execução é de 1 anos e seis meses. O Contorno Rodoviário Norte de Porto Murtinho terá aproximadamente 13,1 km e partirá do km 678,10 na BR-267.
Pavimentação no Paraguai
Trecho recém pavimentado da Rota Bioceânica no Paraguai — Foto: MOPC/Divulgação
No início de março o governo paraguaio assinou o contrato para a pavimentação do terceiro trecho da Rota Biocêanica no país (Rota PY15). É o intervalo entre as cidades de Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, no departamento de Boquerón, com uma extensão de 224,8 quilômetros.
Segundo o MOPC, a obra terá um investimento de US$ 354,2 milhões, financiado com recursos do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e será executada em três lotes.
O ministério aponta que a partir da assinatura do contrato, as empresas vão ter seis meses para elaborar o projeto final de engenharia da obra e dois anos para executar a pavimentação.
Além do asfaltamento da rodovia, também estão previstas melhorias viárias nas cidades de Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, como construção de rotatórias, acessos aos aeroportos, cabines de pedágio e pesagem de veículos.
Em Pozo Hondo, na fronteira com a Argentina, será construído ainda um centro de controle aduaneiro.
A Biocêanica no Paraguai
Mapa da Rota Bioceânica — Foto: MOPC/Divulgação
De acordo com o MOPC, no Paraguai a extensão da Rota Bioceânica foi dividida em três trechos para a pavimentação. O primeiro de Carmelo Peralta a Loma Plata tem 277 quilômetros e já está concluído. O investimento na iniciativa foi de US$ 443 milhões.
Em Carmelo Peralta está sendo construída a ponte sobre o rio Paraguai, que ligará o país ao Brasil, por Porto Murtinho.
O segundo trecho da rota no Paraguai vai de Cruce Centinela a Mariscal Estigarribia. Tem uma extensão de 102 quilômetros e investimento previsto de US$ 110 milhões.
Segundo o ministério, sua pavimentação deve ocorrer após o trecho 3, já que existe outra rodovia na região, a PY09, que foi remodelada e pode funcionar como alternativa para o trecho.