A incapacidade administrativa da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), já é visível em todas as áreas do Poder Executivo do município, desde saúde e educação até infraestrutura urbana e segurança pública. Para agravar ainda mais o quadro de caos completo na atual administração, a gestora municipal também deixa a desejar na articulação política junto aos vereadores, que reclamam da completa ausência de amabilidade na relação dela com o Poder
Legislativo.
Como uma crônica de uma tragédia anunciada, a administração de Adriane Lopes pavimenta, dia a dia, a estrada que levará para o brejo a maior cidade de Mato Grosso do Sul. Os problemas pela falta de macete administrativo da atual prefeita começam com o não pagamento das empreiteiras contratadas ainda pelo seu antecessor, ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), para realizar as obras da 2ª etapa do Reviva Centro, bem como outros projetos que tinham previsão de serem entregues até o fim do ano passado, mas que até hoje continuam a passos lentos ou até completamente parados.
Os campo-grandenses já perceberam que não apenas no centro da Capital que as obras estão paradas, pois, quem trafega pela região da saída para Sidrolândia (MS) pode constatar os transtornos que as ditas melhorias do corredor do transporte público urbano estão provocando para os moradores locais e quem tem de utilizar diariamente a Avenida Gunter Hans. Ainda no quesito de infraestrutura, a atual gestora não deu a atenção devida para as obras de contenção das águas da chuva e a cidade voltou a ter agravada a questão das inundações de ruas e casas pela cidade.
Buracos=
enquanto contratarem “tampa buracos” (empresas desqualificadas para o serviço), nada, mudará!!!(DRT46 MS.)
Para agravar ainda mais, em razão das chuvas, as ruas asfaltadas estão repletas de buracos, enquanto as sem pavimentação enfrentam a falta de manutenção, o que provoca o surgimento de verdadeiras crateras. Além disso, o período de chuva revelou também que as coberturas das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) estão sem manutenção, fazendo com que chova mais dentro do que fora dos prédios, causando transtornos para os pacientes e perdas de documentos e medicamentos.
E por falar em medicamentos, as unidades de saúde enfrentam a falta deles e também de médicos, castigando a população que precisa buscar atendimento. O caos é tanto que até resmas de papel sulfite estão em falta, obrigando que os moradores façam doações para a impressão de receitas e prontuários médicos.
Porém, não é só na parte de infraestrutura urbana que o “dedo podre” da prefeita tem feito estrago, quem tem filho nas escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) vive a incerteza se o ano letivo de 2023 vai começar mesmo. Afinal, Adriane Lopes encerrou 2022 sem solucionar a ameaça de greve dos professores da Reme, que apenas querem o cumprimento do acordo de reajuste assumido por Marquinhos Trad e não honrado pela sua sucessora.
Greve
Previsto para começar em fevereiro, o ano letivo está seriamente ameaçado, pois a prefeita não dá sinais de que pretende solucionar o impasse, deixando na mão os profissionais de educação do município. A falta de tato dela em negociar com a categoria é tanta, que já lhe rendeu rusgas com os vereadores. Se a relação com a Câmara Municipal não podia ser considerada uma das melhores, o não cumprimento do acordo de aumento com os professores foi a gota d’água para azedar de vez o clima entre os parlamentares e Adriane Lopes, que não conseguem se entender sobre diversas questões.
Em uma verdadeira “caça às bruxas”, a prefeita exonerou vários servidores em postos chaves apenas porque eram ligados ao ex-prefeito. E, quando a população pensa que não podia piorar, alguns profissionais competentes pediram exoneração por não aguentar mais tanta falta de tato administrativo e nem político. Adriane Lopes ainda vai e nomeia a concunhada, Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes, casada com Osvaldo Nogueira Lopes, irmão do seu esposo, deputado estadual Lidio Lopes (Patriota), para desempenhar o cargo de Chefe do Gabinete da Prefeita da Prefeitura Municipal, com salário bruto de R$ 17.369,58.
A nomeação de Thelma Lopes foi publicada na edição nº 6.817 do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), publicada no dia 1º de novembro de 2022. Trata-se do Decreto “PE” nº 2.075, de 31 de outubro de 2022, assinado pela prefeita, que, no mesmo dia também publicou exoneração da concunhada do cargo em comissão de Secretária-Adjunta, da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), onde tinha salário bruto de R$ 15.148,35.
A cunhada
Thelma Lopes estava na SAS desde janeiro de 2018, onde foi nomeada como Chefe de Assessoria I, da SAS, com salário bruto de R$ 9.567,09, e, dois meses depois, passou para o cargo de Superintendente Administrativa da SAS, mantendo a mesma remuneração. Ou seja, foi nomeada para cargo em comissão quando Adriane Lopes assumiu o cargo de vice-prefeita de Marquinhos Trad (PSD), que renunciou ao cargo de prefeito da Capital neste ano para concorrer ao Governo do Estado.
Em janeiro de 2020, isto é, dois anos após ingressar na SAS, a sortuda foi promovida à Secretária-Adjunta da pasta, passando a ganhar salário bruto de R$ 15.148,35. Na prática, Thelma Lopes fez uma das carreiras mais meteóricas do serviço público municipal, pois recebeu três promoções no intervalo de quatro anos e teve sua remuneração ampliada em mais de R$ 7,8 mil. Enfim, a incapacidade administrativa da prefeita Adriane Lopes demonstra que está perdida e, para infelicidade da população, não dá sinais de que vai se encontrar tão cedo.
SERVIÇO – Os leitores que desejarem denunciar alguma irregularidade em Campo Grande pode usar o site diariomsnews@gmail.com ou pelo WhatsApp (67) 9961-1287